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Caças venezuelanos “invadiram” a Colômbia? Manobras militares na fronteira assustam moradores e geram tensão regional

por Alves Publicado em 23/01/2025
Caças venezuelanos “invadiram” a Colômbia? Manobras militares na fronteira assustam moradores e geram tensão regional

Imagens de caças SU-30 e F-16 da Venezuela sobrevoando a fronteira com a Colômbia geraram tensão na região desde a última quarta-feira (22). Relatos de moradores do departamento colombiano de Norte de Santander apontam que as aeronaves cruzaram o espaço aéreo colombiano, causando preocupação e alarmando as comunidades locais.

O governo venezuelano, liderado por Nicolás Maduro, informou que os voos fazem parte de exercícios militares integrados, mobilizando mais de 150 mil soldados. Segundo Maduro, o objetivo das operações é a defesa da soberania nacional contra “inimigos internos e externos”. A declaração veio após a posse do novo presidente dos Estados Unidos, embora o governo colombiano ainda não tenha se pronunciado oficialmente sobre o incidente.

Os exercícios ocorrem em um contexto de conflito na região fronteiriça. Maduro afirma que grupos armados colombianos, como dissidentes das FARC e o Exército de Libertação Nacional (ELN), têm se infiltrado em território venezuelano. Esses conflitos já resultaram em pelo menos 100 mortes e levaram milhares de colombianos a buscar refúgio na Venezuela.

Para reforçar a segurança na fronteira, o governo venezuelano mobilizou 2 mil soldados adicionais e defende a criação de uma zona de segurança para impedir a entrada de grupos armados. A exibição de caças é vista como um sinal de força militar, apesar das limitações operacionais das aeronaves devido às sanções impostas pelos Estados Unidos.

A Venezuela opera caças SU-30 e F-16, adquiridos há mais de 40 anos. Especialistas questionam a disponibilidade operacional dessas aeronaves, mas, apesar das dificuldades, elas seguem ativas em missões estratégicas. O uso dessas aeronaves é visto como uma demonstração de poder por parte do governo de Maduro.

A situação permanece tensa, e as comunidades locais aguardam esclarecimentos sobre os voos na fronteira. Seguiremos acompanhando e trazendo atualizações sobre o caso.

Com informações de: Águias de aço

Alves

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