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Asteroide com poder de destruição de 22 bombas atômicas já tem data para se chocar com a Terra

por Anna Munhoz Publicado em 21/01/2025
Asteroide com poder de destruição de 22 bombas atômicas já tem data para se chocar com a Terra

Um asteroide com poder de destruição equivalente a 22 bombas atômicas tem chamado a atenção da comunidade cientifica, principalmente pela chance – relativamente alta – de colidir com a Terra. Conhecido no meio cientifico pelo nome de Bennu, esse asteroide está sendo monitorado de perto pela NASA em uma tentativa de desviar a sua rota e minimizar os danos potenciais que uma colisão poderiam causar.

Data da provável colisão

De acordo com dados da NASA, o Bennu deve se chocar contra nosso planeta em 24 de setembro de 2182, sendo que a cada seis anos, o asteroide se aproxima cada vez mais da Terra. Apesar do risco, essa aproximação é de grande ajuda para os cientistas que conseguem aproveitar esse movimento para coletar dados e estudar a rota do asteroide, favorecendo a prevenção de um desastre.

A chance iminente do Bennu se chocar contra a Terra já fez com que a NASA tomasse medidas efetivas para estudar e desviar a trajetória do asteroide. Parte desses esforços foi o envio de uma sonda enviada pela Agência Espacial Norte Americana em direção ao asteroide em 2016. Em 2018 ela chegou até o asteroide e em 2023 retornou a Terra com as amostras que, agora, estão em estudo.

Com a coleta dos fragmentos os cientistas podem avaliar os dados com maior precisão e, com isso, oferecer estratégias mais eficazes para mitigar o impacto.

Potência de 22 bombas atômicas

O potencial destrutivo do asteroide Bennu é alarmante. Estima-se que, caso colida com a Terra, o corpo celeste libere energia equivalente a explosão de 22 bombas atômicas, trazendo consequências catastróficas para a humanidade e toda a vida no planeta.

O que se sabe sobre o Bennu

Bennu é um asteroide carbonáceo, rico em carbono, pertencente ao grupo Apollo. Ele possui uma superfície repleta de rochas e poeira soltas (conhecidas como regolito). Com aproximadamente 500 metros de diâmetro, Bennu é considerado um remanescente da formação do Sistema Solar, com cerca de 4,5 bilhões de anos.

Em sua superfície pode conter moléculas orgânicas e minerais que poderiam ter contribuído para a origem da vida na Terra. O estudo do asteroide oferece insights sobre como os planetas e outros corpos se formaram e evoluíram.

Por isso mesmo, a sonda enviada ao asteroide é tão importante. Com as amostras recebidas, os cientistas podem, além de desenvolver tecnologias de defesa planetária, entender a origem da vida e do Sistema Solar.

Impactos de asteroides na Terra

A história do planeta Terra já registrou diversos impactos de asteroides que deixaram marcas profundas na geologia terrestre, como foi o caso da notável Cratera de Araguainha, na divisa entre Mato Grosso e Goiás. Atualmente, essa é considerada a maior estrutura de impacto na América do Sul. Outro exemplo é a Cratera de Chicxulub, no México, conhecida por estar associada à extinção dos dinossauros há 66 milhões de anos.

A queda de um asteroide em Tunguska, na Rússia, em 1908, que devastou mais de 2.150 km² de floresta, é outro registro importante, especialmente para reforçar o potencial destrutivo que tais impactos podem causar no planeta.

 

Anna Munhoz

Anna Munhoz

Jornalista e redatora com foco em concursos públicos, atualidades e segurança. Olhar atento a um conteúdo claro, útil e de confiança.