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Força Aérea dos EUA amplia presença no Ártico com KC-135 Stratotankers no Alasca para reforçar reabastecimento aéreo e responder a ameaças na Ásia-Pacífico

por Alisson Ficher Publicado em 17/12/2024
Força Aérea dos EUA amplia presença no Ártico com KC-135 Stratotankers no Alasca para reforçar reabastecimento aéreo e responder a ameaças na Ásia-Pacífico

A Força Aérea dos EUA acaba de reforçar sua presença estratégica no Ártico, estacionando quatro KC-135 Stratotankers na Base Aérea de Eielson, no Alasca. Essa movimentação crucial do Pentágono visa ampliar o reabastecimento aéreo em uma região de crescente tensão geopolítica, especialmente com as ameaças emergentes na Ásia-Pacífico.

Mas o que torna essa operação tão estratégica? Entenda como esses aviões-tanque garantem o domínio aéreo dos EUA, fortalecendo rotas essenciais e consolidando a supremacia militar.

Força Aérea Militar reforça eficiência operacional com chegada do KC-135 no Alasca

O primeiro KC-135 já chegou à base, unindo-se aos oito Stratotankers já existentes na instalação. A Força Aérea explicou que o deslocamento das aeronaves e o envio de mais de duzentos militares garantem maior eficiência operacional. A nova configuração permitirá equilibrar operações diárias com ações de contingência, assegurando um tempo de resposta mais ágil em situações críticas.

Alasca se torna peça-chave para operações aéreas dos EUA diante de ameaças russas e chinesas

O Alasca tem se tornado um ponto estratégico para as operações militares dos Estados Unidos, especialmente em meio ao aumento das atividades de aviões militares russos e chineses sobre a Zona de Identificação de Defesa Aérea. O senador do Alasca, Dan Sullivan, destacou que a região conta com mais de cem caças de quinta geração, mas ainda carece de aeronaves de reabastecimento aéreo para ampliar o alcance das missões.

De acordo com Sullivan, a distância entre operações pode exigir diversas missões de reabastecimento, e a falta de navios-tanque compromete a eficiência das ações. Ele ainda alertou que, em caso de conflito envolvendo a China ou Taiwan, aeronaves provenientes do território continental dos Estados Unidos passarão pelo Alasca, tornando a presença de KC-135 um fator determinante para o sucesso das missões.

KC-135 Stratotanker garante o reabastecimento aéreo vital para a Força Aérea dos EUA

O KC-135 Stratotanker, desenvolvido pela Boeing, é fundamental para as operações de reabastecimento aéreo da Força Aérea dos Estados Unidos. Ao todo, cerca de quatrocentas unidades estão em serviço, sendo metade delas operada pela Guarda Aérea Nacional e pela Reserva da Força Aérea.

O Stratotanker possui especificações impressionantes:

  • Comprimento de quarenta e um metros e envergadura de quarenta metros
  • Capacidade de transportar até noventa mil setecentos e dezoito quilos de combustível
  • Suporte para cargas úteis de até trinta e sete mil seiscentos e quarenta e oito quilos ou oitenta passageiros
  • Alcance operacional de dezessete mil quinhentos e noventa e quatro quilômetros
  • Velocidade máxima de novecentos e trinta e três quilômetros por hora
  • Quatro motores turbofan CFM International
  • Teto operacional de quinze mil duzentos e quarenta metros

Com essas capacidades, o KC-135 é essencial para ampliar o alcance de caças e outras aeronaves durante operações em larga escala, principalmente em regiões estratégicas como o Ártico e o Pacífico.

Pentágono amplia vigilância e projeção de força no Ártico com redistribuição estratégica de KC-135

A redistribuição dos KC-135 para a Base Aérea de Eielson reforça a posição dos Estados Unidos como potência militar global. O movimento fortalece a capacidade de reabastecimento aéreo e garante rotas seguras para operações futuras no Indo-Pacífico. Em meio às crescentes tensões geopolíticas, o Alasca atua como um ponto estratégico essencial para os planos do Pentágono, contribuindo para a ampliação da vigilância e da projeção de força no Ártico.

Alisson Ficher

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