China abala as Forças Armadas dos EUA ao desestabilizar a indústria ao restringir a exportação de minerais críticos

A decisão da China de restringir a exportação de minerais essenciais, como antimônio, gálio e germânio, para os Estados Unidos, pode desestabilizar as Forças Armadas com mais de mil sistemas de produção de armas norte-americanos. Esta medida, anunciada pelo Ministério do Comércio chinês no início de dezembro, levanta preocupações sobre a dependência de matérias-primas estratégicas em setores sensíveis, como o de defesa. As informações são do South China Morning Post.
Um relatório divulgado em 3 de dezembro pela Govini, empresa de inteligência em defesa, revela que mais de 20 mil peças utilizadas pelo Pentágono e pela guarda costeira estão diretamente ligadas à proibição. Estes minerais são essenciais em equipamentos que vão desde munições e armas nucleares até óculos de visão noturna e baterias de veículos elétricos.
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Dependência de antimônio, gálio e germânio compromete Forças Armadas
De acordo com a análise, 6.335 componentes de sistemas de armas utilizam antimônio, 11.351 dependem de gálio e 12.777 necessitam de germânio. Especialistas apontam que a interrupção no acesso a estas matérias-primas pode comprometer a prontidão das forças armadas dos EUA, afetando tanto a produção quanto a manutenção de equipamentos já em uso.
Embora os EUA possuam estoques conhecidos desses materiais, o relatório destaca a necessidade de uma gestão eficiente e de longo prazo para minimizar os impactos. “Garantir a prontidão e a sustentabilidade dos sistemas que dependem desses minerais exigirá precisão na análise de demanda e fornecimento”, afirma o documento.
Departamento de defesa dos EUA busca alternativas para controle de exportações da China
O Departamento de Defesa dos EUA enfrenta agora o desafio de reestruturar suas cadeias de suprimento e desenvolver alternativas para mitigar os riscos causados pelos controles de exportação da China. A medida da China não apenas ressalta a vulnerabilidade da dependência de recursos externos, mas também intensifica a competição tecnológica e estratégica entre as duas maiores potências globais.
Com o crescente uso desses minerais em tecnologias emergentes e sistemas de defesa, o impacto da restrição poderá ultrapassar o setor militar. Isso influenciará indústrias civis e potencialmente acelerará iniciativas de independência mineral nos EUA e em outros países ocidentais.