Argentina recebe primeiro F-16 e deixa China e Rússia fora do jogo: modernização militar alinha país com os EUA e NATO

A Força Aérea Argentina (FAA) deu um importante passo na modernização de suas capacidades militares ao receber seu primeiro F-16B Fighting Falcon, parte de um acordo de US$ 320 milhões com o governo dos Estados Unidos e a Dinamarca.
O caça, transportado desmontado em um KC-130H, será usado inicialmente para treinamento, com os primeiros voos operacionais previstos para o final de 2024.

Nos próximos cinco anos, mais 23 caças F-16 de segunda mão, oriundos da Força Aérea Real Dinamarquesa, serão entregues à Argentina, completando a frota até 2028. O acordo marca a volta de aviões supersônicos ao arsenal argentino, que estava desativado desde 2015, quando os últimos Mirage III foram aposentados.
A escolha pelo F-16B eliminou propostas de aeronaves da China e da Rússia, como o Sukhoi Su-24 e o JF-17 Thunder, frustrando as tentativas de expansão da influência chinesa na América do Sul. Especialistas apontam que a decisão foi estrategicamente alinhada aos interesses dos EUA, que buscavam reforçar a presença de um aliado confiável na região.
O programa de modernização das aeronaves será supervisionado pela Lockheed Martin, destacando o comprometimento de Washington em apoiar a segurança e a estabilidade política no continente sul-americano.
A decisão argentina é vista como um marco geopolítico, freando a influência de potências rivais e fortalecendo os laços com os Estados Unidos e seus aliados.
As primeiras operações com o F-16 devem ampliar significativamente a capacidade de defesa aérea e suporte terrestre da Argentina, consolidando o país como um ator estratégico no Cone Sul.