TCU diz que salários de militares reformados geram 16 vezes mais gastos aos cofres públicos que aposentados do INSS, representando R$ 49,7 bilhões do rombo previdenciário

Um recente relatório do Tribunal de Contas da União (TCU) informa uma disparidade significativa nos gastos com aposentadorias. Enquanto os militares representam apenas 11,6% do déficit previdenciário da União, o custo por pessoa nesse grupo é surpreendentemente elevado. Em contraste, os salários dos aposentados do INSS, que compõem a maior parte do déficit, têm um custo muito menor.

Em 2023, a União enfrentou um rombo previdenciário de R$ 428 bilhões. Os salários militares, que representam R$ 49,7 bilhões desse total, ficam atrás apenas dos servidores públicos, responsáveis por R$ 54,8 bilhões (12,8%). No entanto, o INSS lidera com um déficit de R$ 315,7 bilhões (73,7%). O custo por pessoa destaca a diferença: enquanto cada militar aposentado ou pensionista custa em média R$ 158,8 mil, o gasto médio com servidores públicos é de R$ 69 mil. Já os aposentados do INSS custam apenas R$ 9.400 por pessoa.

Salários de militares geram custo 16 vezes maior que aposentados do INSS

Forças Armadas questionam a metodologia utilizada pelo TCU

Essa diferença acentuada no salário e aposentadoria dos militares em comparação aos servidores públicos e aposentados do INSS levanta preocupações sobre a sustentabilidade do orçamento da União. Apesar de os números apresentados pelo TCU serem corretos, as Forças Armadas questionam a metodologia utilizada. Para as Forças Armadas, os gastos são classificados de forma inadequada, pois pertencem a orçamentos distintos, o que poderia distorcer a real situação financeira.

O relatório do TCU traz à tona a diferença no custo médio anual por militar aposentado ou pensionista em relação a servidores públicos e aposentados do INSS mostra um impacto financeiro significativo.

Ainda de acordo com o relatório da TCU, o custo elevado com salários de militares aposentados, especialmente quando comparado aos outros grupos, é um fator que não pode ser ignorado. A discussão sobre a necessidade de ajustes na aposentadoria e nos salários dos militares se tornou uma pauta urgente, considerando o peso dessas despesas no orçamento da União.