Com aportes superiores a R$ 4 bilhões, o maior da história da indústria naval brasileira, o investimento na logística para o transporte hidroviário de minério de ferro e manganês pelos rios Paraná e Paraguai passará por uma grande transformação. Ao longo dos próximos quatro anos, 400 balsas e 15 empurradores serão construídos em seis estaleiro. Esse projeto não só aumentará o escoamento de minérios em cerca de 6 milhões de toneladas anuais, mas também gerará milhares de vagas de emprego, representando um marco logístico e econômico para o Brasil.

Além disso, a construção das novas embarcações trará benefícios que vão além da logística. Esse avanço fortalecerá a frota nacional para navegação interior, impulsionando a indústria naval brasileira. O ministro Silvio Costa Filho destacou: “O projeto é um marco histórico para o país, uma vez que estamos assinando hoje o maior programa da história do Brasil de navegação interior. Isso mostra que o Governo Federal tem uma agenda de desenvolvimento que envolve as hidrovias, uma indústria limpa, fundamental para o escoamento da produção brasileira.

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Investimento financeiro e impacto econômico

Do total investido, R$ 3,7 bilhões são provenientes do Fundo da Marinha Mercante (FMM), por meio de financiamento junto ao Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). Esse montante será crucial para viabilizar o transporte de minério, matérias-primas, como aço e manganês, ao mesmo tempo que fomenta o desenvolvimento regional e a geração de empregos.

Ademais, a ampliação das hidrovias reforça o compromisso do Brasil com a sustentabilidade. Segundo o ministro, “em tempos de COP30, essas hidrovias representam a retirada de mais de 70 mil toneladas de CO2, o que significa um grande avanço na agenda de sustentabilidade brasileira”. Ele ressaltou ainda que essa iniciativa alinha o Brasil às demandas globais por produção limpa e eficiente.

Hidrovia Paraguai Paraná: integração regional

O projeto também fortalecerá a integração entre Brasil, Paraguai, Argentina e Uruguai possibilitando mais emprego. A nova frota agilizará o transporte de minérios extraídos em Corumbá (MS), que percorrerão mais de 2.500 km por hidrovias até o terminal marítimo de Nova Palmira, no Uruguai. Isso destaca a relevância da hidrovia Paraguai-Paraná para o comércio regional.

Eduardo Santana, encarregado de soda no estaleiro Rio Maguari (PA), é exemplo do impacto positivo do setor. “O trabalho me proporcionou uma vida financeira estável, para a criação dos meus filhos e a conclusão do meu ensino superior”, disse ele.

Modal hidroviário e sustentabilidade

Por outro lado, o transporte hidroviário destaca-se por ser ambientalmente responsável. Dados da Empresa de Planejamento e Logística (EPL) e do Instituto Energia e Meio Ambiente (Iema) mostram que o modal reduz em até 95% as emissões de gases de efeito estufa em comparação ao transporte rodoviário e 70% em relação ao ferroviário. Isso reforça o papel do modal na descarbonização da matriz logística brasileira.

Investimento em infraestrutura aeroportuária

Cumprindo agenda no Pará, o ministro também realizou uma vistoria no aeroporto de Belém, onde diversas melhorias estão sendo implementadas. Com um investimento de R$ 500 milhões, O complexo deve ampliar a movimentação de passageiros de 3 milhões para 5 milhões anualmente. Além disso, o ministro destacou a importância das obras ao afirmar. Estamos estruturando o aeroporto, ampliando a capacidade operacional e requalificando a pista, para elevar a qualidade do serviço onde vai gerar mais emprego.

Consequentemente, esse conjunto de ações reflete um esforço integrado para transformar a logística e a infraestrutura brasileira. Por outro lado, ele também evidencia o compromisso com o desenvolvimento sustentável e o crescimento econômico, reforçando a importância de investimentos estratégicos em setores essenciais.