As perspectivas de melhoria nas carreiras dos militares das Forças Armadas aparentemente são vistas como cada vez menores. Nos últimos dias Exército, Marinha e Força Aérea publicaram várias portarias autorizando a demissão de oficiais de carreira do serviço. Após a demissão os militares passam à reserva não remunerada e não têm direito a percepção de salários das Forças Armadas.

Entre os militares que pediram pra sair das Forças Armadas estão oficiais engenheiros, médicos e pilotos, membros de carreiras consideradas como parte da elite fardada, que são aqueles oficiais que tem possibilidade galgar postos até oficiais generais das Forças Armadas Brasileiras e que enfrentaram os concursos públicos mais disputados.

A formação desses oficiais, no caso daqueles formados na AMAN, oficiais aviadores, oficiais engenheiros e Oficiais da Armada da Marinha, leva normalmente até mais de 5 anos e demanda o dispendio de vultosos recursos públicos, sem contar os cursos de especialização realizados por aqueles ao chegar nos postos de oficial intermediário.

Baixos salários e perspectivas de aumento no tempo de serviço ativo

Os motivos apontados para a demissão de oficiais vão desde os baixos salários à rotinas de trabalho extenuantes e perspectiva de aumento no tempo de serviço ativo. As últimas notícias sobre regressão nos direitos dos militares são apontados também como um “caminho sem volta” que pode reduzir a quantidade de “cérebros” nas carreiras de alto status nas Forças Armadas Brasileiras.

Algumas das Portarias de Demissão de oficiais publicadas nos últimos dias

Robson Augusto – Revista Sociedade Militar