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“Company of Heroes 3” traz batalhas empolgantes, mas decepciona na Campanha Solo; Bugs e IA irritam jogadores

por Rafael Cavacchini Publicado em 14/11/2024 — Atualizado em 13/11/2024
“Company of Heroes 3” traz batalhas empolgantes, mas decepciona na Campanha Solo; Bugs e IA irritam jogadores

Em “Company of Heroes 3”, a essência das batalhas em tempo real da série se mantém, entregando uma experiência repleta de ação, táticas e uso inteligente de terreno.

No entanto, o modo para um jogador divide opiniões. A Campanha Italiana, que deveria ser o grande destaque estratégico do jogo, acaba por frustrar, com sistemas mal elaborados e bugs que comprometem a fluidez da experiência. A falta de resposta inteligente da IA e uma interface confusa enfraquecem ainda mais a estrutura dessa campanha, que se torna tediosa e previsível.

A Campanha do Norte da África se destaca positivamente, com uma narrativa concisa e focada. Ainda assim, sua tentativa de intercalar a narrativa de uma família judia afetada pelo conflito se perde em meio às batalhas, criando uma desconexão que diminui o impacto histórico que poderia ter.

Batalhas de “Company of Heroes 3” empolgam, mas campanha e bugs irritam jogadores. Foto: Divulgação

No aspecto técnico, as batalhas em si continuam a ser o ponto forte, com um design de mapa detalhado e combates urbanos e rurais bem executados, especialmente nas regiões italianas. A sonorização é intensa, mas carece de impacto nas explosões. Além disso, a IA falha ao oferecer um desafio convincente, o que gera uma experiência inconsistente para o jogador.

Ausência de citação à FEB

Um outro ponto que incomoda especialmente jogadores brasileiros é a omissão da Força Expedicionária Brasileira (FEB). A FEB teve papel importante na conquista de Monte Castello durante a campanha italiana da Segunda Guerra Mundial. Em nenhum momento o jogo menciona essa contribuição do Brasil, o que é decepcionante para quem espera uma representação mais completa e precisa das forças aliadas na Itália.

Em resumo, “Company of Heroes 3” cumpre seu papel nas batalhas táticas, mas suas campanhas para um jogador carecem do refinamento e da coesão que a série já entregou em outras edições.

Nota de rodapé: a Revista Sociedade Militar não conseguiu completar a campanha devido a um bug que adicionou uma unidade inimiga indestrutível no mapa. Por isso, a análise da revista se mantém dentro dos 80% de campanha completada.


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Rafael Cavacchini

Rafael Cavacchini

Nascido na cidade de Itu, interior de São Paulo, Rafael Cavacchini é empresário, radialista, jornalista e ator. Apaixonado por arte, é ator de teatros desde 2013, participando em peças que vão de tragédias clássicas a musicais. É também radialista no programa “A Kombi Desgovernada”, sucesso em três estações de rádio desde 2015. Começou a escrever muito cedo, inicialmente por hobby. Mas foi apenas em 2011 que transformou o prazer em profissão, quando entrou para o quadro de jornalistas convidados da Revista SuplementAção. Em 2015, tornou-se colunista no Portal Itu.com.br e, no mesmo ano, jornalista convidado da Revista Endorfina. Foi escritor e tradutor do Partner Program do site Quora, uma rede social de perguntas e respostas e um mercado de conhecimento online, com sede em Mountain View, Califórnia. Sua visibilidade no Quora chamou a atenção da equipe da Revista Sociedade Militar. Faz parte do quadro da RSM desde fevereiro de 2023, tendo escrito centenas de artigos e reportagens.