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Fraude de R$ 9 milhões em licitações de 15 unidades militares para compra de peças de veículos das Forças Armadas: Justiça, PF e Exército fazem busca e apreensão a mando do MPM

por Campos Publicado em 10/10/2024
Fraude de R$ 9 milhões em licitações de 15 unidades militares para compra de peças de veículos das Forças Armadas: Justiça, PF e Exército fazem busca e apreensão a mando do MPM

A Polícia Federal, a Justiça Federal Militar e o Exército deflagraram na manhã esta quinta-feira, 10 de outubro, uma operação que investiga crimes contra a Administração Pública por meio de processos licitatórios. A suspeita é de que o esquema tenha movimentado valores próximos a R$ 9 milhões.

De acordo com o MPM (Ministério Público Militar), que solicitou 2 mandados de busca e apreensão em Santa Maria (RS), 15 unidades militares e 2 empresários podem estar envolvidos nos contratos públicos suspeitos para a compra de peças para veículos usados nas Forças Armadas.

Ainda segundo o MPM, as ordens judiciais foram executadas na casa dos 2 empresários e na sede de uma empresa. Nesses locais foram apreendidos mídias e documentos “que possam fornecer novos elementos informativos acerca dos fatos sob apuração, bem como à obtenção de provas adicionais que auxiliem na definição de responsabilidades dos envolvidos”.

Mulher enganou o Exército por 33 anos 

Uma mulher, hoje com 55 anos de idade, recebeu pensão do Exército por 33 anos fingindo ser filha de um ex-integrante da FEB (Força Expedicionária Brasileira). Com a ajuda da avó, irmã do idoso, ela fraudou documentos para alterar seu nome e dar sustentação ao esquema quando tinha apenas 15 anos de idade. 

De acordo com o STM (Superior Tribunal Militar), as golpistas receberam indevidamente R$ 3,7 milhões ao longo das mais de 3 décadas. 

O caso veio à tona após denuncia da própria avó em dezembro de 2021, já que ela não estava satisfeita com o valor que a neta transferia pra ela. A idosa, no entanto, morreu 5 meses depois e, por isso, somente a neta foi condenada. A pena determinada pela Justiça foi de 3 anos e 3 meses de prisão em regime aberto e devolução integral do valor desviado.

Campos

Campos

Bacharel em Jornalismo com experiência na cobertura política, econômica e militar.