Revista Sociedade Militar, todos os direitos reservados.

Por que países ao redor do mundo estão evitando comprar os caças J-10 e J-20 da China, mesmo com suas promessas de alta performance e preço competitivo?

por Jefferson S 27/08/2024
Por que países ao redor do mundo estão evitando comprar os caças J-10 e J-20 da China, mesmo com suas promessas de alta performance e preço competitivo?

A China, com seu rápido crescimento econômico e modernização militar, tem se destacado no cenário global como um dos principais exportadores de armas. No entanto, um mercado específico tem se mostrado resistente às suas investidas: o de jatos de combate modernos.

Apesar de oferecer caças de última geração, como o J-10 e o J-20, a China enfrenta dificuldades para conquistar compradores internacionais, revelam especialistas do portal especializado SOFREP.

O J-10, comparado ao F-16 da Força Aérea dos Estados Unidos, e o J-20, frequentemente comparado ao F-22 Raptor e ao F-35, são exemplos dos esforços chineses em competir com o Ocidente.

No entanto, apesar das similaridades técnicas no papel, a realidade é que esses caças chineses ainda não foram testados em combate real, o que gera desconfiança entre os potenciais compradores.

Os jatos chineses são operados exclusivamente pela Força Aérea do Exército Popular de Libertação (PLAAF), e sua falta de participação em operações militares internacionais ou exercícios conjuntos com outras nações limita a confiança global em suas capacidades.

Isso contrasta fortemente com os caças americanos, que possuem um histórico robusto e comprovado em operações militares ao redor do mundo.

Um dos principais desafios enfrentados pela China na venda de seus caças é a questão dos motores. A produção de motores a jato de alto desempenho é uma tarefa extremamente complexa, que demanda tecnologia avançada e anos de pesquisa e desenvolvimento.

Embora a China tenha feito avanços significativos, seus motores ainda são considerados menos confiáveis e mais caros que os russos, tradicionalmente usados em aviões como o JF-17, uma joint venture sino-paquistanesa.

A falta de um motor chinês acessível e confiável tem sido um obstáculo significativo nas vendas de seus caças. Países que mantêm laços estreitos com a Rússia preferem continuar comprando motores russos, que são mais baratos e possuem um histórico comprovado de desempenho.

Além disso, a ausência de um histórico de combate ou treinamento internacional, onde os caças chineses possam demonstrar suas capacidades, é um fator decisivo.

Muitos países preferem investir em aeronaves que já provaram seu valor em situações de combate, o que coloca os caças americanos, como o F-16, F-22 e F-35, em vantagem competitiva.