Alerta Global: Biden assinou documento secreto reconhecendo ameaça nuclear tripla vinda da Rússia, China e Coreia do Norte ao mesmo tempo

O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, aprovou uma revisão da estratégia de defesa nuclear do país, reconhecendo oficialmente a possibilidade de um ataque coordenado envolvendo China, Rússia e Coreia do Norte. Esta é a primeira vez que a liderança americana considera a ameaça combinada dessas três potências nucleares em um único plano estratégico.
O jornal The New York Times relatou que Biden assinou o documento secreto em março, e uma versão editada da Orientação de Emprego Nuclear deverá ser enviada ao Congresso antes do final do mandato de Biden, em janeiro.
A atualização desse guia, que ocorre a cada quatro anos, reflete o crescente arsenal nuclear da China e as recentes alianças militares entre Moscou e Pequim. Nos últimos anos, a China expandiu significativamente seu arsenal nuclear, que em 2012 contava com 240 ogivas e hoje possui cerca de 500, com previsão de alcançar 1.500 até 2035. Enquanto isso, a Rússia e os Estados Unidos mantêm a maior parte das ogivas nucleares do mundo, detendo cerca de 90% das 12.121 bombas existentes.
A revisão estratégica também incorpora a crescente ameaça nuclear da Coreia do Norte, cujo arsenal atual de 50 ogivas representa um risco significativo para a estabilidade regional e global. Em resposta às crescentes tensões na península coreana, Biden deu à Coreia do Sul um assento no comitê que planeja o uso de armas nucleares, refletindo a preocupação americana com a deterioração da segurança na região.
O novo documento americano de defesa nuclear também responde ao cenário geopolítico mais amplo, onde a aliança entre Rússia e China tem se fortalecido, com patrulhas conjuntas de bombardeiros de ataque nuclear e exercícios militares frequentes.
Além disso, a revisão contempla a necessidade de dissuadir essas potências ao mesmo tempo, destacando a crescente complexidade do cenário de segurança global e a necessidade de uma postura defensiva robusta.
Essa mudança na estratégia americana reflete não apenas a evolução das capacidades nucleares de seus adversários, mas também o ambiente geopolítico global em transformação.
A crescente preocupação com a possibilidade de um conflito nuclear limitado entre grandes potências sublinha a importância de uma estratégia de defesa nuclear adaptada às novas realidades, onde múltiplos adversários nucleares representam uma ameaça simultânea e coordenada.
Com informações de The New York Times e Folha de SP