Trabalhando diuturnamente, viaturas de Engenharia de grande porte das Forças Armadas fazem valas de até 2m de profundidade pra aniquilar 11 pistas de voo clandestinas

Tropas da Operação Catrimani II, formadas por Força Nacional, Ibama e Forças Armadas, conseguiram destruir 11 pistas clandestinas para uso de aeronaves do garimpo ilegal na Terra Indígena Yanomami. As informações são do Exército Brasileiro.
A missão aconteceu entre os dias 3 e 7 de julho na região de Campos Novos mesmo com os contratempos logísticos impostos pelo ambiente amazônico, compensados pelo trabalho ininterrupto dos militares.
Na prática, 4 viaturas de Engenharia especializadas e de grande porte fizeram as demolições das pistas. A cavadeira, em especial, foi responsável por inutilizar as pistas criando valas profundas de profundidade de até 2 metros. Esses cortes foram feitos, em média, a cada 100 metros de distância.
Dessa forma, nenhuma aeronave conseguirá realizar novos pousos nos locais.
Segundo o Exército Brasileiro, desde abril a Operação Catrimani II já realizou mais de 2 mil abordagens na Terra Indígena Yanomami, com o objetivo principal de prevenir e reprimir atividades de garimpo ilegal, combater crimes ambientais e ilícitos transfronteiriços.
Nesse período a Operação já apreendeu e destruiu 5 aeronaves; explodiu centenas de equipamentos como motores, antenas e maquinários; queimou cerca de 100 acampamentos e mais de 1,3 tonelada de suprimentos; inutilizou diversas pistas de voo clandestinas e prendeu 31 pessoas.
Força-tarefa pra proteção dos indígenas em território Yanomami
Desde janeiro de 2023, o Ministério da Defesa integra a força-tarefa do Governo Federal para a proteção dos indígenas em território Yanomami.
Em cooperação interministerial, ao longo do ano passado, as Forças Armadas transportaram por meio aéreo mais de 760 toneladas de suprimentos e 3 mil pacientes para tratamento de saúde especializado; detiveram 165 garimpeiros e entregaram 36 mil cestas de alimentos.
Participaram dessas ações 1,5 mil militares e 18 tipos de aeronaves da Marinha, do Exército e da Aeronáutica totalizando 7,4 mil horas de voo e 1,6 milhão de quilômetros percorridos.
A Marinha assumiu no início de junho o comando do Estado-Maior da Catrimani II, em substituição à FAB. Também em junho, sob o aceno de crianças indígenas, um navio fez história ao ser a primeira embarcação da Marinha que adentrou o território.