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Novo míssil Insano da Marinha dos EUA reacende era de domínio aéreo: AIM-174B supera concorrentes chineses e russos com alcance inigualável

por Jefferson S Publicado em 17/07/2024
Novo míssil Insano da Marinha dos EUA reacende era de domínio aéreo: AIM-174B supera concorrentes chineses e russos com alcance inigualável

Em um movimento estratégico que pode redefinir a supremacia aérea, a Marinha dos Estados Unidos começou a utilizar o que pode ser o míssil ar-ar de maior alcance do mundo: o Raytheon AIM-174B. Este armamento avançado, uma versão lançada do ar do míssil Standard Missile 6 (SM-6), também da Raytheon, representa um salto significativo na capacidade defensiva e ofensiva da frota aérea dos EUA.

No início de julho, surgiram as primeiras fotos dos enormes e pesados AIM-174Bs, de 22 pés, sob as asas dos caças Boeing F/A-18E/F Super Hornet, durante o exercício Rim of the Pacific. Esses caças pertencem ao Carrier Air Wing 2, a bordo do porta-aviões nuclear USS Carl Vinson.

Alcance e Capacidade do AIM-174B

Lançado em alta altitude e velocidade, o AIM-174B deve percorrer pelo menos 220 milhas, equiparando-se aos mísseis ar-ar mais poderosos da China e da Rússia, como o PL-17 e o R-37M (conhecido pela OTAN como “Axehead”). Essa capacidade coloca o míssil norte-americano em pé de igualdade, ou até superior, aos seus concorrentes internacionais.

Historicamente, os F-14 Tomcat da Marinha, equipados com mísseis AIM-54 Phoenix, ofereciam uma cobertura defensiva de longo alcance, protegendo porta-aviões e seus escoltas contra caças, bombardeiros e mísseis de cruzeiro inimigos. Com a retirada do F-14 em 2006, a Marinha passou a depender dos F-18 Super Hornet e seus mísseis AMRAAM, cujo alcance é relativamente limitado.

Necessidade de Modernização

O desenvolvimento e a implementação do AIM-174B refletem uma necessidade crítica de modernização das capacidades defensivas da Marinha dos EUA. Nos últimos anos, os mísseis russos e chineses apresentaram melhorias significativas, forçando os EUA a buscar soluções que garantam superioridade em combates “além do alcance visual” (BVR). Os russos, com o R-37M, demonstraram grande eficácia em conflitos como a guerra na Ucrânia, destacando a urgência de uma resposta à altura por parte dos EUA.

Integração e Coordenação com a Frota

Uma das características marcantes do AIM-174B é sua integração com a rede de controle e comando da Marinha, a Naval Integrated Fire Control-Counter Air. Esta rede permite que sensores e atiradores trabalhem em conjunto, garantindo que qualquer sensor possa fornecer dados para qualquer plataforma de lançamento. Assim, um destróier equipado com um radar Aegis pode detectar uma aeronave inimiga a centenas de milhas de distância e transmitir as coordenadas para um F/A-18 armado com AIM-174Bs.

Essa coordenação é essencial, especialmente se o alvo estiver voando baixo, fora do alcance do radar de superfície. Nessas situações, a presença de uma aeronave de radar E-2 Hawkeye, que sobrevoa a área constantemente, garante a detecção precoce e precisa de ameaças.

Jefferson S

Jefferson S

Ex-militar das Forças Armadas com experiência em Gestão do Conhecimento e Inteligência Competitiva (Sebrae-RJ) e certificado como especialista de investimentos pela ANCORD, tendo atuado nos maiores escritórios da XP investimentos. Analiso e produzo conteúdos para a internet desde 2025, meu primeiro blog foi o "bizu de militar", onde passava dicas para os recrutas no Exército. Atuo na Sociedade Militar trazendo análises e conteúdos relacionados a Geopolítica, Tecnologia militar, Industria de Defesa e Inteligência Artificial.