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Exército brasileiro deve vencer na guerra por medalhas, “ótimos resultados”: mais de 1/3 dos atletas brasileiros nas olimpíadas de Paris é de militares

por JB Reis Publicado em 28/07/2024
Exército brasileiro deve vencer na guerra por medalhas, “ótimos resultados”: mais de 1/3 dos atletas brasileiros nas olimpíadas de Paris é de militares

Nessa sexta-feira (26), às 14h30 (horário de Brasília), com a cerimônia de abertura em Paris, teve início a 33ª edição dos Jogos Olímpicos. Seguindo o padrão de anos anteriores, a atual delegação brasileira tem 274 atletas, sendo que 98 deles são militares.

Ao todo, os militares são cerca de 35% do Time do Brasil, sendo 96 do Programa Atletas de Alto Rendimento (PAAR), coordenado pelo Ministério da Defesa, e um de carreira. Em matéria recentemente publicada, a Revista Sociedade Militar deu alguns detalhes sobre o PAAR. 

Os esportistas representarão o Brasil e as Forças Armadas em 21 modalidades, das 39 que terão participação verde e amarela:

  • Águas Abertas
  • Atletismo
  • Boxe
  • Canoagem
  • Esgrima
  • Ginástica Artística e Rítmica
  • Judô
  • Levantamento de peso
  • Mountain Bike
  • Natação
  • Pentatlo Moderno
  • Remo
  • Saltos Ornamentais
  • Taekwondo
  • Tiro com Arco e Tiro Esportivo,
  • Triatlo
  • Vela
  • Vôlei de Quadra e Vôlei de Praia.

Do total de 97 atletas militares que disputarão medalhas em Paris, 54 são mulheres e 43 são homens.

Acreditamos que os militares terão excelentes participações e há ótimas expectativas para o melhor dos resultados, que poderão gerar conquista de medalhas e na projeção do país no cenário esportivo mundial”, destaca o Diretor do Departamento de Desporto Militar, General de Brigada Carlos Vinícius Teixeira de Vasconcelos.


O PROGRAMA ATLETAS DE ALTO RENDIMENTO, A CONTRIBUIÇÃO DAS FORÇAS ARMADAS QUE AJUDOU ATLETAS MILITARES A OBTER 68% DAS MEDALHAS NOS JOGOS OLÍMPICOS DE 2016

Com o objetivo de fortalecer a equipe militar brasileira em eventos esportivos de alto nível, o Ministério da Defesa em parceria com o então Ministério do Esporte criou, em 2008, o Programa de Incorporação de Atletas de Alto Rendimento às Forças Armadas Brasileiras.

O alistamento é feito de forma voluntária e o processo de seleção leva em conta os resultados dos atletas em competições nacionais e internacionais. Dessa forma, as medalhas já conquistadas na carreira transformam-se em pontuações nos concursos para preenchimento das vagas.

Os atletas têm à disposição todos os benefícios da carreira, como soldo, 13º salário, férias, direito à assistência médica, incluindo nutricionista e fisioterapeuta, além de disporem de todas as instalações esportivas militares adequadas para treinamento nos centros das três Forças:

  • Marinha (Centro de Educação Física Almirante Adalberto Nunes – CEFAN), do
  • Exército (Centro de Capacitação Física do Exército e Complexo Esportivo de Deodoro) e 
  • Aeronáutica (Universidade da Força Aérea – UNIFA).

Nos Jogos Olímpicos Rio 2016, o Ministério da Defesa ultrapassou as metas estabelecidas, ao classificar 145 atletas militares para integrarem as seleções olímpicas e conquistar 13 medalhas, das 19 obtidas pelo Brasil. Os números foram superiores a Londres, em 2012.

A contribuição das Forças Armadas, com o apoio do então Ministério do Esporte, dos Comitês Olímpico do Brasil e Paralímpico Brasileiro, das confederações e federações esportivas, dos clubes sociais, entre outros parceiros, permitiu que atletas militares obtivessem 68% dos pódios.

Atualmente, a iniciativa conta com 533 atletas, de 35 modalidades.

O PAAR mantém alinhamento esportivo com o Comitê Olímpico do Brasil (COB), com os clubes, as federações e confederações a que os atletas pertencem. Também apoia as equipes militares brasileiras nos eventos esportivos conduzidos pelo Conselho Internacional do Esporte Militar (Cism).

JB Reis

JB Reis

Militar da reserva, articulista da Revista Sociedade Militar. https://linktr.ee/veteranistao