Liberação adiada 3 vezes e novo prazo definido: 1º blindado comprado pelo Exército Brasileiro segue retido na Alemanha e 2º veículo deve chegar ao país antes dele
Neste sábado, 20 de julho, completa-se um mês de retenção do blindado comprado pelo Exército brasileiro no porto de Hamburgo na Alemanha.
O Veículo Blindado de Combate de Cavalaria (VBC Cav) embarcaria para o Brasil no dia 20 de junho, mas segundo o Exército a viagem não aconteceu devido à falta de documentação necessária.
Desde então, 3 promessas de liberação foram feitas. A primeira seria para o dia 2 de julho. Depois, a viagem foi adiada para o dia 7 de julho. Agora, segundo informações do Exército repassadas à CNN, a expectativa é de que o blindado possa embarcar para o Brasil no dia 26 de julho.
A nova previsão teria sido informada pelo próprio consórcio italiano Iveco-Oto Melera, primeiro colocado no processo de licitação para a compra de 98 unidades do Centauro II-BR.
Para contornar os problemas ocorridos com os trâmites documentais, o consórcio decidiu embarcar o 2º blindado direto do porto de La Spezia, na Itália. A data do início de viagem está marcada para o dia 27 de julho e a previsão é de que ele chegue até mesmo antes do modelo retido na Alemanha.
A compra dos 98 blindados pelo valor de R$ 5 bilhões chegou a ser suspensa pelo TRF-1 (Tribunal Regional Federal da 1ª Região) devido à política de cortes de despesas no Poder Executivo Federal à época, mas a liminar foi derrubada pelo STJ (Superior Tribunal de Justiça).
Em documento elaborado pra justificar a compra do modelo Centauro II, os militares do Exército argumentaram que o modelo é a melhor viatura da sua categoria em relação aos países da América do Sul e dispõe de tecnologia agregada e capacidades operativas que a tornam de alto valor na projeção nacional, além de acrescentar muito à capacidade operacional da Força Terrestre.
O modelo adquirido pelo Exército brasileiro conta com:
– Canhão 120/45 mm (105/52 mm opcional intercambiável para 120 mm)
– Blindagem V nível máximo, capaz de lidar com ameaças como minas terrestres, explosivos improvisados e munições cinéticas de última geração
– Sistema de combate a incêndio e anti-explosão
– 720 cavalos de potência (24 CV/tonelada)
– Controle digital da pressão dos pneus
– Autonomia de 800 km
– Velocidade máxima de 105 km/h
