EUA e Reino Unido pedem ao Hamas que aceite proposta de trégua israelense na guerra em Gaza
Estados Unidos e o Reino Unido estão pressionando o Hamas para que considerem uma proposta de trégua apresentada por Israel para encerrar o conflito em Gaza. Os termos da proposta incluem sobretudo a libertação de reféns israelenses ainda mantidos no território sitiado.
De acordo com o ministro das Relações Exteriores britânico, David Cameron, a proposta de Israel ao Hamas envolve um cessar-fogo de 40 dias em Gaza. Além disso, os israelenses oferecerem a libertação de “potencialmente milhares” de prisioneiros palestinos em troca da libertação de alguns reféns israelenses.
Na segunda-feira, durante uma reunião do Fórum Econômico Mundial na capital da Arábia Saudita, Cameron elogiou a oferta como “generosa“.
“Espero sinceramente que o Hamas reconheça a proposta que está diante deles”, afirmou o ministro, enfatizando que a guerra não terminaria até que todos os cativos fossem libertados.
Na mesma manhã, o secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, expressou otimismo quanto à aceitação da proposta pelo Hamas. De acordo com Blinken, “eles estão diante de uma escolha – e precisam decidir rapidamente… Tenho confiança de que farão a escolha certa”.
Delegação do Hamas no Egito
A proposta de trégua surge ao mesmo tempo que uma delegação de alto escalão do Hamas viaja para o Egito. O Hamas reiterou seu desejo pelo fim duradouro dos confrontos como parte de qualquer acordo para a libertação de prisioneiros.
No entanto, ministros israelenses alertaram o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu de que seu governo poderia enfrentar um colapso se concordasse com uma trégua com o Hamas em troca de reféns.
De acordo com a rede de TV Al Jazeera, Israel tem uma delegação preparada para ir ao Cairo amanhã. Contudo, isso depende da resposta do Hamas à proposta de cessar-fogo de Israel.
O conflito entre Israel e Gaza já resultou na evacuação de cerca de 80% da população do território palestino de 2,3 milhões de habitantes. De acordo com a Autoridade Palestina, pelo menos 34.488 pessoas morreram desde o início do conflito, no dia 7 de outubro de 2023.
