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Venezuela acusa Guiana de não ser vítima e de permitir acesso da “principal potência guerreira do planeta” ao seu território; Enquanto isso EUA e Guiana estreitam parceria militar

por Jefferson S Publicado em 04/12/2023
Venezuela acusa Guiana de não ser vítima e de permitir acesso da “principal potência guerreira do planeta” ao seu território; Enquanto isso EUA e Guiana estreitam parceria militar

O governo da Venezuela emitiu um comunicado reagindo à decisão da Corte Internacional de Justiça, que proíbe o país de tomar medidas para anexar a região de Essequibo, atualmente administrada pela Guiana.

A Venezuela, que não reconhece a jurisdição da Corte, acusa a Guiana de não ser uma vítima no conflito territorial, mas sim um ocupante de fato, alegando violações repetidas do Acordo de Genebra e da legalidade internacional.

A Venezuela destaca que a Guiana concedeu unilateralmente concessões no território disputado e facilitou seu território para operações militares dos EUA, referindo-se a eles como “a principal potência guerreira do planeta”.

Paralelamente, a parceria militar entre os EUA e a Guiana se fortalece, com a 1st Brigada de Assistência às Forças de Segurança (SFAB) do Exército dos EUA e a Força de Defesa da Guiana (GDF) realizando reuniões para reforçar suas capacidades militares.

Equipe do SFAB do Exército Americano na Guiana para fornecer treinamento para aumentar a prontidão militar em resposta a ameaças de segurança - Reprodução Twitter
Equipe do SFAB do Exército Americano na Guiana para fornecer treinamento para aumentar a prontidão militar em resposta a ameaças de segurança – Reprodução Twitter

A Venezuela denunciou na ONU a intenção dos EUA de estabelecer uma base militar na região de Essequibo, intensificando a tensão na área disputada. A parceria entre os EUA e a Guiana inclui treinamento militar e planejamento estratégico, visando melhorar a prontidão militar e a capacidade de resposta a ameaças à segurança.

Este desenvolvimento marca um momento tenso na América do Sul, onde a disputa territorial entre a Venezuela e a Guiana, exacerbada pela presença militar dos EUA, continua a gerar preocupações internacionais.

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Trecho da nota do Governo da Venezuela citado no texto sobre a decisão da corte internacional:

“Além disso, com esta decisão ficou demonstrado que a Guiana não é uma vítima, não tem títulos sobre o território em disputa, é um ocupante de facto e violou repetidamente o Acordo de Genebra e a legalidade internacional, concedendo unilateralmente concessões no território terrestre e nas águas pendentes por delimitar, assim como facilitando seu território para o desdobramento militar em nossa região da principal potência guerreira do planeta.”

Jefferson S

Jefferson S

Ex-militar das Forças Armadas com experiência em Gestão do Conhecimento e Inteligência Competitiva (Sebrae-RJ) e certificado como especialista de investimentos pela ANCORD, tendo atuado nos maiores escritórios da XP investimentos. Analiso e produzo conteúdos para a internet desde 2025, meu primeiro blog foi o "bizu de militar", onde passava dicas para os recrutas no Exército. Atuo na Sociedade Militar trazendo análises e conteúdos relacionados a Geopolítica, Tecnologia militar, Industria de Defesa e Inteligência Artificial.