Soldado da PMESP com quase duas décadas de serviço pode ser expulso por roubo de flor do jardim do Batalhão

Na última quinta-feira, 28 de dezembro, a Folha de São Paulo noticiou um caso envolvendo um soldado da Polícia Militar de São Paulo (PMESP). O soldado em questão pode enfrentar a expulsão da corporação após ser acusado de roubar uma orquídea do jardim do Batalhão onde trabalhava na zona norte da capital paulista. O caso aconteceu em fevereiro do ano passado, mas só agora veio à tona.
O soldado Paulo Rogério da Costa Coutinho, que está há 18 anos na PM, pode ser expulso da corporação por causa da flor. Ele nega o crime e diz que só mudou a orquídea de lugar para cuidar dela.
A PM abriu um processo interno para investigar o soldado por peculato, que é o nome que se dá quando um funcionário público pega alguma coisa que não é dele. O processo pode levar à demissão do PM, que já responde a outro por ter abandonado o posto.
O soldado é famoso nas redes sociais, onde tem mais de 50 mil seguidores. Ele mostra sua rotina de trabalho e suas tatuagens no rosto. Seu advogado, Thiago de Oliveira Lacerda, diz que ele sofre perseguição e preconceito por causa das tatuagens.
O advogado também diz que o caso da orquídea é um absurdo e que a Justiça Militar já arquivou o processo criminal. Ele afirma que o estado vai gastar mais de R$ 50 mil para tentar demitir um policial que tem quase duas décadas de serviço.
A PM, por sua vez, diz que o processo interno é para ver se o soldado tem moral para continuar na corporação. A PM também diz que respeita os direitos de quem está sendo investigado ou acusado.
O caso da orquídea foi descoberto pelo comandante do batalhão, que notou a falta da planta no jardim. Ele perguntou ao soldado sobre o paradeiro da flor, mas ele ficou calado.
Segundo a PM, o soldado escondeu a orquídea no alojamento e depois no refeitório, onde ela foi achada por um sargento. A PM diz que tudo foi filmado pelas câmeras de segurança.
O soldado, porém, diz que só queria cuidar da planta e que não fez nada de errado. Ele espera que o processo seja arquivado e que ele possa continuar na PM.
Fonte: Folha de São Paulo