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Após anexar unilateralmente e por decreto 74% da Guiana, Regime de Nicolás Maduro mandou prender 13 membros da oposição venezuelana

por Jefferson S Publicado em 06/12/2023
Após anexar unilateralmente e por decreto 74% da Guiana, Regime de Nicolás Maduro mandou prender 13 membros da oposição venezuelana

O procurador-geral da Venezuela, Tarek William Saab, ligado ao regime de Nicolás Maduro, ordenou a prisão de 13 membros da oposição venezuelana, acusando-os de “conspiração” e “traição à pátria”. Entre os acusados estão membros do partido Vamos Venezuela, liderado pela candidata presidencial María Corina Machado, que não foi indiciada, e dois cidadãos norte-americanos supostamente ligados à petrolífera Exxon Mobil.

As ordens de captura foram emitidas sob a alegação de que os opositores receberam financiamento de “organizações internacionais e empresas estrangeiras” para “desestabilizar” o processo do referendo sobre a anexação de Essequibo, uma região da Guiana disputada pela Venezuela. O referendo, realizado no último domingo, foi marcado por alegações de baixa participação, segundo opositores.

Entre os acusados estão Henry Alviarez, Claudia Macero e Pedro Urruchurtu do Vamos Venezuela; Roberto Abdul, presidente de um partido de oposição chamado Súmate; opositores no exílio como Yon Goicoechea, Juan Guaidó, Julio Borges, David Smolansky, Carlos Vecchio, Lester Toledo e Leopoldo López; e os ex-ministros chavistas dissidentes Andrés Izarra e Rafael Ramírez.

Saab acusou os detidos de “traição à pátria”, “conspiração com uma potência estrangeira”, “legitimação de capitais e associação para delinquir”. Ele também mencionou a detenção do cidadão norte-americano Savoi Jandon Wright, supostamente envolvido na “conspiração”, e Damian Merlo, ex-empresário de telecomunicações e ex-assessor de política exterior vinculado a Donald Trump e Nayib Bukele.

Saab afirmou que a Guiana, a ExxonMobil e os EUA “trabalham em equipe para desapossar a Venezuela” de um território que “histórica e legalmente lhe pertence”. A direção nacional do partido Vamos Venezuela rejeitou as acusações, considerando-as uma “tentativa de intimidar e desmobilizar a oposição”, que representa “uma ameaça eleitoral para o chavismo”. María Corina Machado, com crescente popularidade nas pesquisas, está impedida de exercer cargos de eleição popular devido a uma inabilitação imposta pelo regime de Maduro.

Jefferson S

Jefferson S

Ex-militar das Forças Armadas com experiência em Gestão do Conhecimento e Inteligência Competitiva (Sebrae-RJ) e certificado como especialista de investimentos pela ANCORD, tendo atuado nos maiores escritórios da XP investimentos. Analiso e produzo conteúdos para a internet desde 2025, meu primeiro blog foi o "bizu de militar", onde passava dicas para os recrutas no Exército. Atuo na Sociedade Militar trazendo análises e conteúdos relacionados a Geopolítica, Tecnologia militar, Industria de Defesa e Inteligência Artificial.