Portal de Noticias diz que Forças Armadas brasileiras estão despreparadas para a Defesa Nacional

O artigo do portal O Cafezinho apresenta uma visão crítica sobre a preparação das Forças Armadas brasileiras para a defesa nacional. Segundo a publicação, uma parcela significativa do orçamento destinado às Forças Armadas não é empregada diretamente no aumento da capacidade de defesa, mas sim em salários e regalias. O texto menciona que a maior parte das despesas de pessoal é destinada a militares na reserva e pensionistas, incluindo altos pagamentos a viúvas e filhas de militares.
O historiador Manuel Domingos Neto, citado no artigo, oferece uma perspectiva sobre o planejamento da defesa brasileira. Ele argumenta que a supremacia do Exército em relação às outras forças é contraproducente para a defesa nacional, sugerindo que a Marinha e a Aeronáutica deveriam ter um papel mais preponderante. Neto também aponta que a proteção do vasto território brasileiro, incluindo a Amazônia e o espaço marítimo, requer uma capacidade aeronaval mais robusta.
Em termos de dados numéricos, o artigo informa que o orçamento anual das Forças Armadas é de cerca de R$ 120 bilhões, o que corresponde a 1,3% do PIB do Brasil. Este valor é comparado com os orçamentos de outros ministérios, como o da Saúde, que é de R$ 189 bilhões. Além disso, menos de 5% do orçamento do Ministério da Defesa é alocado para investimentos, uma média histórica que, segundo o artigo, limita o avanço científico e tecnológico necessário para uma defesa nacional eficaz.
O Cafezinho também aborda a dependência do Brasil em relação à tecnologia e armamentos estrangeiros, destacando que as Forças Armadas adquirem cerca de 80% de suas tecnologias e armas de fornecedores externos, principalmente dos Estados Unidos. O artigo sugere que um maior investimento em capacidades de defesa próprias poderia trazer benefícios em diversas áreas, como medicina nuclear, biotecnologia, nanotecnologia, robótica, inteligência artificial e comunicação satelital.
Por fim, o portal propõe que para superar essas limitações e avançar na modernização das Forças Armadas, seria necessário uma revisão nas escolhas governamentais relacionadas à questão militar, incluindo a convocação de uma Conferência de Defesa para reformular a estratégia de defesa nacional.