Mergulhadores da fragata australiana HMAS Toowoomba sofreram ferimentos leves após serem expostos a pulsos de sonar de um navio de guerra chinês. O incidente ocorreu em águas internacionais perto do Japão, enquanto a fragata apoiava uma missão das Nações Unidas para impor sanções.

Os mergulhadores estavam em uma operação para remover redes de pesca presas às hélices da fragata quando o destróier chinês Ningbo (DDG-139), da classe Project 956 (Sovremenny), começou a operar seu sonar montado no casco.

Apesar de vários avisos da fragata australiana sobre as operações de mergulho em andamento, o navio chinês aproximou-se e operou seu sonar de forma que representou um risco à segurança dos mergulhadores, forçando-os a sair da água. Os ferimentos sofridos pelos mergulhadores, principalmente nos ouvidos, são atribuídos aos pulsos do sonar.

O governo australiano expressou sérias preocupações ao governo chinês, classificando o incidente como uma “interação insegura e pouco profissional”. O ministro da Defesa, Richard Marles, destacou que os navios da Australian Defence Force (ADF) realizam atividades de vigilância marítima na região há décadas, sempre em conformidade com o direito internacional.

O incidente ganha ainda mais relevância no contexto das relações sino-australianas, especialmente após a recente visita do primeiro-ministro australiano Anthony Albanese a Pequim, a primeira em sete anos, e a subsequente reunião com o presidente chinês Xi Jinping. A discussão entre os líderes foi descrita como positiva, com Xi elogiando os esforços de Albanese para estabilizar as relações bilaterais após anos de tensões. Este incidente, no entanto, destaca a complexidade e a delicadeza das relações internacionais na região.

Fonte: Poder Naval