Nesta segunda-feira (11/06), o Exército divulgou um texto importante em seu e-blog. O texto, intitulado “Já podemos detectar socialbots nas mídias sociais?“, foi escrito pelo Coronel Cesar Augusto Lima Campos de Moura e publicado na conta oficial do Exército na plataforma X, antigo Twitter. Nele, o Coronel aborda uma preocupação crescente sobre o impacto das mídias sociais e a presença de robôs nas redes virtuais.

O texto, que inicia destacando como a sociedade atual é profundamente influenciada pelas ideias e valores que circulam nas mensagens do ambiente digital, aborda uma questão muito relevante na era digital: a presença e o impacto dos robôs, ou bots, nas redes sociais.

Cada um de nós consome e contribui para esse sistema, evoluindo e desenvolvendo as redes sociais. No entanto, o cenário digital também é afetado por agentes automatizados, os chamados “robôs”, que podem desempenhar um papel significativo no cenário das redes sociais.

Ele destaca que, embora alguns bots possam ser úteis, como os que fornecem atualizações de notícias ou interagem com outros sistemas para tornar a comunicação mais fluida, outros podem ser usados para fins maliciosos. Esses bots maliciosos são programados para agir discretamente e podem distorcer a percepção do público sobre temas ou indivíduos específicos, espalhando desinformação; ou, como se diz hoje em dia, espalhar “fake news”.

A presença de socialbots nas redes sociais levanta diversas questões importantes, como: como esses robôs operam? Quais são os impactos de suas ações? Quais são as melhores estratégias para detectá-los? E, o mais importante, é necessário combatê-los? O texto destaca que esses robôs podem ser usados ​​tanto para fins benéficos, como estratégias de marketing, quanto para disseminar desinformação e influenciar debates políticos.

A detecção de robôs nas redes sociais é uma tarefa complexa, mas fundamental para manter a interação reais online. Vários métodos foram desenvolvidos para detectar robôs, incluindo a análise de texto e o uso de aprendizado de máquina. Alguns métodos, como o BotOrNot e o DeBot, são capazes de analisar o comportamento das contas e calcular a probabilidade de serem gerenciados por robôs. Outros métodos baseiam-se na detecção de comportamentos suspeitos, como uniformidade de comportamento em massa e comunicação não natural.

O Exército brasileiro, segundo o Coronel, também está envolvido na pesquisa e desenvolvimento de métodos de detecção de socialbots. Pesquisadores do Instituto Militar de Engenharia realizaram um estudo que combinou algoritmos de aprendizado de máquina com avaliação humana para identificar robôs no X (antigo Twitter), alcançando uma acurácia de 93%.

É interessante notar que este texto surge em um momento em que os militares em geral, e o Exército em particular, estão sendo diariamente criticados nas redes sociais e frequentemente reclamam que são vítimas de desinformação. Isso destaca a relevância do tema e a necessidade de conscientização sobre a presença e o impacto dos bots nas redes sociais.

Fonte: E-blog (Blog do Exército)