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“Após veto de proposta do Brasil, Conselho de Segurança da ONU é incapaz de apoiar a paz no Oriente Médio”, diz embaixador da Rússia

por Sérvulo Pimentel Publicado em 26/10/2023
“Após veto de proposta do Brasil, Conselho de Segurança da ONU é incapaz de apoiar a paz no Oriente Médio”, diz embaixador da Rússia
O Representante Permanente da Rússia na ONU, Vasily Nebenzya, afirmou que Conselho de Segurança da ONU incapaz de apoiar a paz devido à posição dos EUA sobre projetos russos e brasileiros / Foto: TASS

Como já informado aqui na Revista Sociedade Militar, os Estados Unidos vetaram a resolução brasileira na ONU que tentava apaziguar a situação no Oriente Médio, onde Israel e Hamas trocam foguetes e bombas há dias. A resolução foi proposta pelo Brasil (houve uma da Rússia também vetada), que é o presidente rotativo do Conselho de Segurança e queria enviar uma mensagem de paz e estabilidade para a região.

Mas os americanos não quiseram nem saber e disseram que as resoluções não defendiam o direito de Israel de se defender dos ataques do Hamas. O embaixador russo na ONU, Vasily Nebenzya, ficou revoltado e disse nesta terça-feira (24) que os EUA impediram e tornaram impossível ao Conselho de Segurança cumprir sua missão de garantir a segurança internacional.

“Devido à posição negativa de Washington sobre o projeto de resolução russo e mais tarde sobre o projeto brasileiro, o Conselho de Segurança mais uma vez falhou em cumprir as suas principais missões charter – apoiar a paz e a estabilidade internacionais”, disse ele durante os debates do Conselho de Segurança da ONU sobre a situação no país. Médio Oriente.

E acrescentou

“O resultado [de tal posição dos EUA] é óbvio – uma escalada contínua acompanhada pelo aumento do número de vítimas entre civis e pela destruição de infraestruturas civis”.

Para relembrar o caso, em 18 de outubro, o Conselho de Segurança da ONU não conseguiu aprovar um projeto de resolução iniciado pelo Brasil sobre a situação no Médio Oriente, depois de os Estados Unidos o terem vetado.

O lado dos EUA disse estar insatisfeito com o texto porque não tinha uma palavra sobre o direito de Israel à autodefesa.

Antes disso, o Conselho de Segurança da ONU votou contra o projeto de resolução da Rússia, que não foi apoiado pelo Reino Unido, pelos Estados Unidos, pela França e pelo Japão.

O Representante Permanente Russo nas Nações Unidas, Vasily Nebenzya, disse naquela época que o Conselho de Segurança tornou-se mais uma vez refém das ambições dos países ocidentais e não conseguiu enviar “um forte sinal coletivo de areia clara com o objetivo de desescalar a situação”.

Fonte: TASS

Sérvulo Pimentel

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