51 pessoas morreram em ataque russo à Kharkiv, dizem autoridades da Ucrânia
Pelo menos 51 pessoas morreram e outras seis ficaram feridas num ataque com mísseis russos contra uma aldeia no nordeste da Ucrânia, disseram autoridades ucranianas.
O governador da região de Kharkiv, Oleh Syniehubov, disse que o ataque da tarde de quinta-feira atingiu um café e uma loja na pequena vila de Hroza, cerca de 30 km a oeste da linha de frente. Havia muitos civis presentes no momento da explosão. O governador acrescentou ainda que uma criança de seis anos estava entre os mortos.
O ministro do Interior, Ihor Klymenko, disse que os moradores do pequeno vilarejo de cerca de 330 pessoas realizavam uma cerimônia fúnebre no café que foi atingido.
“De todas as famílias, de todos os lares [´da cidade[, havia pessoas presentes nesta comemoração. Esta é uma tragédia terrível”, lamentou o ministro.
Informações preliminares mostram que o ataque foi realizado com um míssil balístico Iskander. Até o momento, não houve comentários imediatos da Rússia.
Ataque terrorista deliberado
O ataque foi o mais mortal na região de Kharkiv desde que a invasão russa começou, há mais de 19 meses. Autoridades da Ucrânia acreditam ser o ataque com maior número de mortes de civis até agora.
Imagens divulgadas pelas autoridades ucranianas mostraram equipes de resgate cobertas de poeira vasculhando pilhas de escombros.
“Os terroristas realizaram deliberadamente o ataque durante a hora do almoço para garantir o número máximo de vítimas”, disse o ministro da Defesa, Rustem Umerov. “Não havia alvos militares lá. Este é um crime hediondo destinado a assustar os ucranianos.”, declarou.
Zelenskyy apelou aos países ocidentais para que redobrem o seu apoio ao esforço de guerra e aos sistemas de defesa aérea da Ucrânia.
Um porta-voz do chefe das Nações Unidas disse que “condena veementemente” o ataque.
“Os ataques contra civis e infra-estruturas civis são proibidos pelo direito humanitário internacional e devem parar imediatamente”, disse Stephane Dujarric, porta-voz do secretário-geral António Guterres, em comunicado.
Fonte: Al Jazeera
Um porta-voz do chefe das Nações Unidas disse que “condena veementemente” o ataque.
“Os ataques contra civis e infra-estruturas civis são proibidos pelo direito humanitário internacional e devem parar imediatamente”, disse Stephane Dujarric, porta-voz do secretário-geral António Guterres, num comunicado.
O Alto Comissário da ONU para os Direitos Humanos, Volker Turk, disse numa mensagem publicada pelo seu escritório na plataforma de mídia social X, antigo Twitter, que estava “chocado e triste” com o ataque.
“Nossos monitores de direitos humanos visitarão o local para coletar informações. A responsabilização é fundamental”, disse ele.
Maria Adeeva, diretora de pesquisa da Associação Europeia de Especialistas na Ucrânia, disse que o ataque a Hroza foi “claramente deliberado”.
