O Exército Brasileiro realizou uma operação inédita de proteção e defesa na Foz do Amazonas em conjunto com a Marinha, Força Aérea e mais outras 25 Organizações Militares do Exército em um exercício de Experimentação Doutrinária na cidade de Calçoene, Amapá.

Esta localidade amapaense foi palco para uma mobilização que durou uma semana e contou com a participação de cerca de 1000 militares.

A operação destacou a importância estratégica da Foz do Amazonas. Como um ponto de entrada para a vasta região amazônica, é vital para a política de segurança nacional garantir sua proteção.

Como o Comandante do Centro de Operações Terrestres (COTER), General de Exército Estevam Cals Theophilo Gaspar de Oliveira mencionou, “Nós sabemos da cobiça que a Amazônia provoca em todo o mundo e se preocupar com táticas e operações voltadas para a defesa da foz do rio Amazonas é fundamental para a nossa soberania”.

Durante esta ação, Calçoene tornou-se um campo de treinamento movimentado. Mais de 70 viaturas operacionais circulavam pela cidade, incluindo dois Lançadores Múltiplos de Foguetes. Além disso, o Destacamento de Aviação do Exército trouxe dois helicópteros, realizando exercícios simulados de assalto aeromóvel, demonstrando a capacidade e eficiência das forças em operações aéreas.

A interoperabilidade entre as diferentes Forças foi um dos pontos-chave destacados na Operação Calçoene. A atuação coordenada entre diferentes braços das forças armadas é fundamental para enfrentar desafios multifacetados que possam surgir em regiões estratégicas como a Foz do Amazonas.

Esta operação apresentou um novo conceito de trabalho do Exército Brasileiro, a Força Tarefa de Capacidades Estratégicas para Operações de Convergência (FT CEOC). Como ilustrado pelo General de Brigada Andrelucio Ricardo Couto, Comandante de Operações Especiais do Exército, “Esta é a nossa segunda experiência de Experimentação Doutrinária.

A FT CEOC possibilita atuar nas fases anteriores ao combate e permite modelar ambientes operacionais tanto no período de paz, no período de crise e no período de combate”. Ele ainda enfatizou que o objetivo é, em determinadas situações, conseguir minar o poder de combate do adversário antes mesmo que o combate real ocorra.

Uma variedade de habilidades e técnicas foram exercidas e observadas durante a operação, desde Operações Especiais, Guerras Cibernética e Eletrônica, até Inteligência, Aviação, e Logística. Tais capacidades demonstram a versatilidade e adaptabilidade das forças armadas brasileiras, preparadas para enfrentar um amplo espectro de desafios.

General de Exército Luciano Guilherme Cabral Pinheiro, Comandante Militar do Norte, expressou sua satisfação com o desempenho das forças envolvidas. “Nós presenciamos uma demonstração de muita capacidade do nosso pessoal e o treinamento foi fundamental”, ele disse. E, em uma nota promissora para o futuro, revelou que a Experimentação Doutrinária em Defesa do Litoral ocorrerá novamente em 2024 em Calçoene, mas desta vez com a ampliação das capacidades operacionais do Exército Brasileiro.

Fonte: Comando Militar do Norte
Imagens: Reprodução Exército Brasileiro