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Apoio da OTAN à Ucrânia permanecerá até a vitória, afirma chefe da aliança militar

por Rafael Cavacchini Publicado em 18/08/2023
Apoio da OTAN à Ucrânia permanecerá até a vitória, afirma chefe da aliança militar

“O apoio da OTAN à Ucrânia continuará até que o país vença”, afirmou o chefe da aliança militar, Jens Stoltenberg, a repórteres em uma coletiva de imprensa em Oslo nesta quinta-feira.

Secretário-geral da OTAN, Jens Stoltenberg. Foto: Departamento de Defesa dos Estados Unidos

Stoltenberg fez essa declaração à agência de notícia Reuters, em resposta ao questionamento de alguns repórteres sobre as recentes declarações feitas pelo Chefe de Gabinete do Secretário-Geral da OTAN, Stian Jenssen. Jenssen disse recentemente que Kiev teria que ceder território à Rússia para pôr fim ao conflito e obter a adesão à OTAN em troca. A declaração gerou mal estar em alguns círculos militares e comentários ácidos do ex-presidente russo Dmitry Medvedev.

Quando questionado sobre a contra-ofensiva da Ucrânia, Stoltenberg limitou-se a dizer que “Os ucranianos estão progredindo, mas há muita incerteza”.

Declarações anteriores sugerem que bloco tem dúvidas de sucesso ucraniano

Anteriormente, a declaração de Stian Jenssen, um alto funcionário da OTAN, de que a Ucrânia poderia se tornar membro da OTAN em troca de abandonar seus territórios conquistados pela Rússia, provocou uma crise entre os aliados ocidentais. Isso porque a fala de Jenssen sugere que há dúvidas entre os aliados da Ucrânia de que a ofensiva em andamento terá sucesso , escreveu o jornalista Gianni Rosini ao jornal Il Fatto Quotidiano.

Segundo o jornalista, as observações do Chefe de Gabinete do Secretário-Geral da OTAN são sobretudo um “testemunho de que as dúvidas sobre a ofensiva ucraniana agora se infiltraram até mesmo na alta liderança do OTAN.”

“As palavras de Jenssen, que a aliança se apressou em minimizar após um alvoroço diplomático do governo ucraniano, apenas confirmam uma dúvida que circula há algum tempo entre os observadores: os aliados realmente acreditam na vitória final de Kiev?”, disse o jornalista.

O vice-ministro das Relações Exteriores da Rússia, Mikhail Galuzin, disse anteriormente à agência TASS que a resolução do conflito deveria cumprir uma série de exigências. Entre elas, estão o compromisso da Ucrânia ser um país neutro, não alinhado e livre de armas nucleares. Galuzin também disse que “novas realidades territoriais devem ser reconhecidas e esforços devem ser feitos para garantir a desmilitarização da Ucrânia, desnazificação e respeito pelos direitos de seu povo de língua russa e minorias étnicas de acordo com os requisitos do direito internacional”.


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Fonte: Reuters / Il Fatto Quotidiano / TASS

 

Rafael Cavacchini

Rafael Cavacchini

Nascido na cidade de Itu, interior de São Paulo, Rafael Cavacchini é empresário, radialista, jornalista e ator. Apaixonado por arte, é ator de teatros desde 2013, participando em peças que vão de tragédias clássicas a musicais. É também radialista no programa “A Kombi Desgovernada”, sucesso em três estações de rádio desde 2015. Começou a escrever muito cedo, inicialmente por hobby. Mas foi apenas em 2011 que transformou o prazer em profissão, quando entrou para o quadro de jornalistas convidados da Revista SuplementAção. Em 2015, tornou-se colunista no Portal Itu.com.br e, no mesmo ano, jornalista convidado da Revista Endorfina. Foi escritor e tradutor do Partner Program do site Quora, uma rede social de perguntas e respostas e um mercado de conhecimento online, com sede em Mountain View, Califórnia. Sua visibilidade no Quora chamou a atenção da equipe da Revista Sociedade Militar. Faz parte do quadro da RSM desde fevereiro de 2023, tendo escrito centenas de artigos e reportagens.