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Análise do mais novo filme sobre a Segunda Guerra Mundial, Sisu

por Rafael Cavacchini Publicado em 19/07/2023
Análise do mais novo filme sobre a Segunda Guerra Mundial, Sisu

A magnífica paisagem finlandesa é o pano de fundo para esta saga de violência quase delirante que se passa durante a Segunda Guerra Mundial. “Sisu”, um extravagante filme de guerra finlandês, é, pra dizer o mínimo, profundamente nacionalista. E inesperadamente sanguinário. Pintado na iconografia surpreendentemente reverente de um garimpeiro aparentemente comum, Aatami Korpi aparece quase como uma entidade fora do seu tempo.

A magnífica paisagem finlandesa é o pano de fundo para esta saga de violência quase delirante que se passa durante a Segunda Guerra Mundial. Foto: Divulgação

Acompanhado de seu fiel cavalo e seu cachorrinho cinzento, Korpi segue o que provavelmente é uma rotina simples: vasculhar a água em busca de partículas de ouro. Um dia, o garimpeiro descobre uma pequena pepita de ouro. Então, Korpi começa a cavar mais e mais buracos, até que encontra um verdadeiro tesouro.

“Intraduzível”

A palavra “sisu” é quase intraduzível, mas seu significado mais próximo sugere uma determinação implacável. E determinação é exatamente o que Korpi vai precisar quando, a caminho de casa com sua fortuna de pepitas, penduradas no alforje de seu cavalo, se depara com um batalhão de nazistas mal-encarados. Com eles, um grupo de mulheres finlandesas sequestradas.

O personagem de Korpi, um homem de… bem, nenhuma palavra, é certamente feito do mesmo material de “O Estranho Sem Nome”, de Clint Eastwood. Sem querer distribuir muitos spoilers, “Sisu” é, além de incrivelmente violento, extraordinariamente divertido. Principalmente porque, ao contrário de outros filmes do gênero, não tem medo de ser absurdo. O filme contém todo tipo de clichês de ação já conhecidos, além de carnificinas estrambólicas, mas é cativante, do início ao fim.

Além disso, Sisu nos faz lembrar que vilões podem, sim, ser totalmente maus e que os heróis podem, sim, ser à prova de balas, mas, ainda assim, personagens envolventes. “Sisu” não tenta explicar todos os pontos da trama e não se importa em zombar de si mesmo. O filme é delicioso pois leva a audiência a uma viagem inesperadamente divertida.

Certamente, 7.5/10. Recomendado.


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Rafael Cavacchini

Rafael Cavacchini

Nascido na cidade de Itu, interior de São Paulo, Rafael Cavacchini é empresário, radialista, jornalista e ator. Apaixonado por arte, é ator de teatros desde 2013, participando em peças que vão de tragédias clássicas a musicais. É também radialista no programa “A Kombi Desgovernada”, sucesso em três estações de rádio desde 2015. Começou a escrever muito cedo, inicialmente por hobby. Mas foi apenas em 2011 que transformou o prazer em profissão, quando entrou para o quadro de jornalistas convidados da Revista SuplementAção. Em 2015, tornou-se colunista no Portal Itu.com.br e, no mesmo ano, jornalista convidado da Revista Endorfina. Foi escritor e tradutor do Partner Program do site Quora, uma rede social de perguntas e respostas e um mercado de conhecimento online, com sede em Mountain View, Califórnia. Sua visibilidade no Quora chamou a atenção da equipe da Revista Sociedade Militar. Faz parte do quadro da RSM desde fevereiro de 2023, tendo escrito centenas de artigos e reportagens.