O Exército dos Estados Unidos está em busca de opiniões da indústria sobre uma nova iniciativa que exige que as empresas revelem a origem de seus algoritmos de inteligência artificial.

Conhecida como “AI bill of materials” (AI BOM), essa proposta pede que os futuros contratados ofereçam uma visão interna de seus componentes digitais e cadeia de fornecimento, algo semelhante às práticas de “software bill of materials” (SBOM) promovidas pela National Telecommunications and Information Administration e pela Cybersecurity and Infrastructure Security Agency.

Young Bang, o principal secretário assistente adjunto do Exército para aquisição, logística e tecnologia, enfatizou a importância do AI BOM durante a conferência AFCEA TechNet Augusta na Geórgia, destacando que o feedback da indústria é crucial para definir os requisitos desse projeto.

O Pentágono tem investido fortemente em IA, aprendizado de máquina e autonomia, buscando decisões mais rápidas, coleta de inteligência mais extensa e remota, e redução do risco humano em campos de batalha cada vez mais tecnológicos.

Em 2021, o Departamento de Defesa estabeleceu seu Chief Digital and AI Office, cujos executivos têm enfatizado a importância de dados de alta qualidade para todas as suas iniciativas. Além disso, o Exército lançou a Task Force Lima para estudar a IA generativa.

Young Bang reiterou que o objetivo do AI BOM não é prejudicar as empresas ou comprometer propriedades intelectuais sensíveis, mas sim melhorar a cibersegurança e a consistência.

Atualmente, mais de 685 projetos relacionados à IA estão em andamento no Pentágono, com pelo menos 232 deles sendo gerenciados pelo Exército. A iniciativa AI BOM foi discutida anteriormente por Bang em uma conferência sobre redes e comunicações do Exército em Filadélfia, onde ele e outros representantes se encontraram com a indústria para coletar feedback inicial sobre os possíveis requisitos.

Fonte: Defense News